Como já referimos noutros artigos do nosso blogue, o binário de aperto adequado nas uniões aparafusadas é essencial para proporcionar segurança e qualidade em todos os processos de montagem na indústria em geral.
Por esta razão, e para se ter a certeza absoluta de um aperto controlado ao longo do tempo, a verificação do estado destes apertos é vital. No entanto, o método para efetuar esta verificação sempre foi um mistério.
É realmente apertado ao fim de algum tempo com o mesmo binário de segurança de quando fizemos a montagem, como é que verificamos se a junta aparafusada ainda está com o binário que fizemos na altura?
Para responder a estas perguntas, apresentamos a seguir os métodos mais eficazes para verificar e ajustar o binário de aperto para o valor correto.
Se quisermos obter um sistema de controlo de qualidade completo, há um passo crucial que deve ser realizado no final da linha de produção: a medição do binário residual.
Como testar um parafuso que já foi apertado?
Binário residual
Ao escolher a estratégia de aperto correta, garantimos que a junta foi apertada de acordo com as especificações, mas não sabemos o que resta na junta após o aperto. Então, quanto da pré-carga aplicada resta dentro da junta?
O pré-carga é a força com que o parafuso pressiona as peças entre si quando é apertado. Tanto no momento do aperto como após um período de tempo, existe uma falta de conhecimento sobre a pré-carga real.
A avaliação do binário residual na junta é verificada por uma ferramenta que incorpora uma ou mais estatísticas de controlo.
Proceder ao controlo e à verificação, ADALIS Soluções Industriais possui diferentes tipos de ferramentas que analisam os dados numa base de dados equipada com software de gestão. Estas ferramentas são capazes de emitir análises estatísticas e relatórios que evitam erros no processo, como, por exemplo, a chaves dinamométricas digitais.
Como é que medimos o binário habitual?
Os métodos mais utilizados
- Par/ângulo de separação
- Desapertar - apertar
- Controlo do binário mínimo
BINÁRIO/ÂNGULO DE ARRANQUE
A rutura é o método preferido para a medição do binário residual.
A estratégia consiste em rodar o parafuso o mais possível com uma chave dinamométrica digital, medindo o binário no ponto exato em que o parafuso começa a mover-se.
Por vezes, a rutura não corresponde ao binário residual, por exemplo, quando há uma gota de cola ou ferrugem na junta aparafusada.
Para ultrapassar a oposição exercida pela ferrugem e pela cola, é necessário um binário mais elevado e, uma vez ultrapassado, o binário diminui para voltar a crescer com a rotação.
Para realizar este teste, as chaves dinamométricas digitais devem estar equipadas com um sensor de binário e um giroscópio para medição do ângulo, com um algoritmo de reconhecimento automático de rutura e de binário residual.
Alguns modelos de chaves oferecem estratégias para a deteção de binário residual utilizando um algoritmo de binário/tempo em vez de binário/ângulo. A medição obtida com esta metodologia é influenciada pela ação do operador e é, portanto, menos objetiva, menos repetível e menos fiável.
AFROUXAR - APERTAR
Se o binário residual for medido pelo método de rutura, será necessária uma pequena quantidade de binário excessivo na junta a ensaiar e é possível que o binário residual seja inferior ao binário de aperto, pelo que o ensaio de binário residual não pode exceder o valor nominal.
O risco de aperto excessivo pode ser evitado utilizando o método de afrouxamento-aperto, especialmente em aplicações com grandes uniões aparafusadas.
Teremos de afrouxar a junta alguns graus em cerca de 10° (dependendo do binário/ângulo da junta) e detetar o binário para a voltar a apertar na posição inicial.
As actuais chaves digitais com giroscópios já oferecem esta estratégia de teste, facilitando o trabalho do operador.
CONTROLO DO BINÁRIO MÍNIMO
Se voltarmos a apertar um parafuso com uma chave dinamométrica de clique e este fizer um clique sem rodar, isso significa que a junta não perdeu a sua força de aperto em relação ao binário inicial.
Este método fornece um "Ok ou Não - Ok".sem medir o valor do binário residual. Além disso, ao utilizar este método, existe sempre o risco de um aperto excessivo do processo.
Podemos utilizar um chave de binário digital com um giroscópio para fazer uma verificação rápida do aperto sem medir o binário residual. Em seguida, aplicamos o binário e verificamos se este atinge um determinado valor (normalmente o binário mínimo) num determinado ângulo de rotação (normalmente muito pequeno). Desta forma, o controlo será rápido e automático, e poderemos detetar um possível aperto excessivo diretamente a partir da chave dinamométrica.
De ADALIS Soluções IndustriaisA nossa equipa de especialistas em vendas e engenharia pode oferecer-lhe conselhos sobre os métodos mais comuns e as melhores ferramentas para o controlo do binário residual. Contacte-nos em aqui.
